sábado, 19 de abril de 2014

Pinóquios eletrônicos



(Texto de Murilo Silva, como Secretário de Comunicação do PT de SC, publicado no jornal Notícias do Dia, em 29 e 30/05/2010, p. 06)

Fonte da imagem: http://www.paraiba.com.br/


A mentira tem pernas curtas.  Este é um velho e certeiro adágio. Porém, na Internet suas pernas ficam mais longas.Vejam o caso da divulgação de um atentado ocorrido em 1968, no Quartel General do II Exército, em São Paulo. Mensagens eletrônicas afirmam que a ministra Dilma Rousseff participou da ação que resultou na morte de um inocente militar, quando um carro-bomba explodiu.

Dilma não participou, admite a própria justiça militar. Assim como milhões de jovens, ela foi vítima de uma ditadura de verdade, instalada no dia da mentira, ano de 1964. Motivados pelo pavor da real possibilidade do PT continuar governando o Brasil, pinóquios eletrônicos teclam sem parar.

O acesso à rede mundial de computadores hoje, no Brasil, já é um fenômeno que atinge a todas as classes sociais, visto o significativo número de lan houses e a massificação do acesso doméstico e nas escolas, inclusive públicas. Revistas online, blogues e redes sociais já se tornaram importantes referências na construção de agendas políticas. Instituições políticas e jornalistas se apoiam nessas fontes. 

Pesquisas mostram que a Internet já superou os meios impressos em acesso e credibilidade e consegue competir – em alguns horários – até com a televisão, entre pessoas com menos de 39 anos. Por isso, a exemplo do que vem acontecendo em todo o país, o PT de Santa Catarina reunirá secretários de comunicação dos diretórios municipais e assessores de imprensa dos seus parlamentares no dia 18 de junho, em Florianópolis, para aprofundar estratégias para o uso informativo e ético das ferramentas da Internet nas eleições deste ano. Já confirmaram a presença, entre outros, Marcelo Branco, coordenador da pré-campanha virtual de Dilma; Glauco Piai, ex-assessor de imprensa do PT paulista; e Mauro Prezotto, advogado especializado em direito eleitoral e professor da Escola Superior de Magistratura de Santa Catarina.

Portanto, cientes de que surgirão ainda mais “notícias” distorcendo a realidade, trabalharemos tecnicamente na filtragem e na identificação das mensagens nos novos espaços de informação, sempre atentos às cabíveis medidas jurídicas de responsabilização por calúnia e difamação. 



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